quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Quando a gente se apaixona

Uns dizem que é químico e explicam tudo com nomes difíceis.
Segundo estes, a paixão acontece quando nosso organismo (por alguma razão não determinada) libera montes de neurotransmissores como a dopamina e a octocina, por meio de impulsos nervosos. Essas substâncias alteram o funcionamento do cérebro, afetam emoções, aguçam ousadias. Mas eu acho tudo isso muito complicado para o funcionamento do meu cérebro.


Outros afirmam que é físico.
O corpo tem a capacidade de sofrer atrações, então se atraem. A gente começa a querer arranjar motivos racionais ou irracionais para explicar o fenômeno, daí conclui que está apaixonado.
Mas eu acho isso muito chato e sem graça.

Há quem acredite nos mistérios da alma ou do destino.
Algumas pessoas já nasceram umas para as outras, e a vida (ou a sorte) se encarregarão (ou não) de cruzar seus caminhos.
Mas eu acho isso muito injusto.

Por isso resolvi desistir de encontrar explicações e acreditar numa intuição meio maluca que nada tem a ver com acasos ou predestinação, não tem fundamento científico, muito menos embasamento teórico.


Paixão pra mim, é coisa lá do desconhecido. Não se pode afirmar nada sobre ela, uma vez que é caracteristica da paixão se contradizer de vez em quando. Não é para se teorizar. Não serve para especular. Não tem razão e não se presta a objeto de estudo, pois foge desesperadamente da lógica.

Portanto é melhor ir direto ao assunto. Paixão é para se viver, para se entregar, para sofrer e gozar. Para rir e chorar. Para sentir uma infinidade de inexplicavéis sensações, umas boas e outras ruins. Frio na espinha, embrulho no estômago, desejo, medo de ser traido, tonturas, tremores, arrepios. Paixão provoca visões, finais trágicos, cataclisma, véus e grinaldas...indepentemente do que está acontecendo no mundo lá fora. Paixão é feito montanha russa. É necessario tomar precaução para evitar danos irreversivéis, no mais, é para se arriscar ou para se desistir dela.


Porque "meias paixões", assim como 'meias borboletas", não servem para deixar a gente nas nuvens.

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